Transcendência coletiva

A formação das tribos de clubbers e ravers tem como referencial comum um conjunto de manifestações vinculadas à musica (e-music). Essa cultura da música eletrônica faz parte de um movimento marcado pelo conceito underground (formas alternativas de informações, música não-comercial) e ligado à cibercultura. Associadas, essas culturas produzem novas formas de socialidade e difusão artística.
Para haver socialidade é preciso um ponto de encontro. É a música que faz essa conexão e gera uma interatividade entre tecnologia, comportamento, arte, informação e ciberespaço. As pessoas vivenciam uma forma comum de experimentar.

Alguns eventos em que a música eletrônica está implicada buscam conexões com outras linguagens artísticas, notadamente no campo da produção imagética. É o caso dos artistas que geram imagens fractais, clips em 3D e animações em realidade virtual.

A busca por um estado alterado da consciência, a partir do uso de drogas como Ecstasy e LSD, sempre caminhou paralelamente à cultura da música eletrônica, considera hedônica. Essas drogas assumem o papel de despertar um estado psicológico único de transcendência coletiva. Porém, raves e festas em clubs não dependem do uso de drogas.

Experiências multisensoriais são vividas nas festas como um sinal de unidade entre o passado e o futuro. A rave é primitiva, com a reunião de tribos de gente jovem para experimentar a participação mística através de cinéticos e MDMA (Ecstasy), dança e música tribal. Também é futurística (ou moderna), com o uso de música sampleada e remixada digitalmente, efeitos de luz e laser e exposições multimídia.

Comentários