Sete perguntas e respostas sobre
oficinas de criação literária

Carolina Petry Matchenbacher estuda jornalismo na PUCRS. Ela fez contato pelo Orkut, depois encaminhou perguntas por e-mail. Trata-se de um trabalho sobre oficinas de criação literária.
Reproduzo abaixo perguntas e respostas. Na foto que ilustra o post estão Gabriel Moojen e Luiz Antonio de Assis Brasil, além de mim. Foi no lançamento do livro Contos de Oficina 10, em 1993.

Nome: Caco Belmonte (Ricardo Villar Belmonte).
Profissão: Jornalista.
Cidade onde mora: Porto Alegre.
Cidade onde ocorreu a oficina literária: Porto Alegre; Parati (RJ).

01) Como tu descobriste as oficinas literárias?
Em 1991, aos 19 anos, meu irmão (também jornalista: Roberto Villar Belmonte) me apresentou a uma ex-aluna da Oficina de Criação Literária da PUCRS. Neifla Maria Rigon frequentou a sexta edição do curso. Ela explicou que, para ingressar, era necessário enviar três textos que seriam avaliados pelo Assis Brasil e a professora Regina Zilbermann, se não estou enganado.

Fiz os textos, enviei e fui selecionado. Eram nove candidatos por vaga. Na décima edição da oficina, também participaram Amílcar Bettega Barbosa, Gabriel Moojen e Berenice Sica Lamas, além de outros que ainda devem estar escrevendo, mas não tiveram a mesma sorte ou competência dos citados acima. Até aquela edição, ninguém com menos de vinte anos fora selecionado. Eu recém havia ingressado na Famecos. Na verdade, naquele final de ano passei no vestibular e entrei na oficina.

02) Por que participaste de uma?
Entrei para aprender as técnicas que eu já sabia existirem, conseguia identificá-las durante as leituras, mas não sabia como eram aplicadas durante a construção do texto, nem que poderiam servir para reforçar o conflito e a trama. Enfim, antes da oficina da PUCRS eu era quase um ignorante literário, mas já era um leitor atento.
03) Quando participaste?
Respondido na número 1.

04) Como funcionaram as oficinas das quais tu pasticipaste?
O oficina da PUCRS funcionava, não sei agora como está, em dois módulos de seis meses cada. Eram estudados forma e conteúdo: construção das personagens, vozes do discurso, tipos de narrador, uso do tempo e espaço, etc... A oficina ministrada pelo amazonense Milton Hatoun, durante a II Festa Literária Internacional de Parati (Flip), foi sobre o gênero romance e teve a duração de apenas três dias. Um aperitivo, se comparado aos 12 meses de estudo na PUCRS. Era por convite, e participaram vários autores estreantes do todo Brasil. Do Rio Grande do Sul, além de mim, também estavam Cardoso, Carol Bensimon, Milton Rodrigues e Marcelo Benvenutti.

05) Quantas pessoas participaram contigo?
PUCRS (12 pessoas); Flip (mais de 30).

06) O que tu mais gostaste nas oficinas?
Para mim, o mais importante foi aprender a desmontar o texto, identificando as técnicas utilizadas pelo autor. Sem esse aprendizado é impossível escrever ficção.

07) Teve alguma coisa que não gostou?
No meu caso não houve nada que eu não gostasse, pois estava no aprendizado do ofício para o qual me propunha.

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