Aviso àqueles navegantes que visitam esta enseada: não se trata de porto abandonado ou refúgio de navio fantasma. Finalmente, concluídos os consertos no casco e recarregadas as baterias antiaéreas, cargas submarinas, canhões de longo alcance, voltaremos à batalha. Em dois ou três dias, será lançado ao mar o primeiro cruzador de guerra da esquadra literária que estará de prontidão ao longo de 2011.
Ao invés do auto-elogio, faço minhas as palavras do escritor Marcelino Freire, que escreveu a introdução do meu livro de contos lançado em 2006 pela Casa Verde, com edição do também escritor Luiz Paulo Faccioli, intitulado No Orkut dos outros é colírio.
“Esse livro faz rir. É um livro debochadamente literário. Não são apenas contos escrachados, São contos que vão fundo. Caco, à la o mestre Dalton Trevisan, escreve na velocidade da sombra. Taí uma coisa que eu prezo na boa literatura: a coragem e o humor. Admiro o cara que saber ir no caroço da palavra e tirar uma casquinha.”
É exatamente isso o que os leitores podem esperar de mim: “velocidade da sombra, caroço da palavra, coragem e humor”. Por que o silêncio de anos e o blog desatualizado faz algum tempo? Simples, nem sempre tenho o que dizer.
Na maioria das vezes é melhor saber escutar do que falar em profusão e, ao mesmo tempo, não dizer nada que se aproveite. Escrevo pouco, portanto preservo o apressado leitor da frustração causada por textos enfadonhos. Aquele tipo de leitura que, depois de concluída, chega-se ao impasse e à frustração: “tá, e daí?”
Por fim, deixo aqui uma chamada do próximo conto a ser publicado: “Segredos antigos, outros nem tanto. O conto O BENEMÉRITO narra a história de um político bem sucedido. Qualquer semelhança com fatos ou pessoas reais é mera coincidência.”
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