
Terra de ninguém - Na web é fácil estimar a audiência de um conteúdo autêntico, gerado e controlado pelo autor. Estranho é descobrir para onde vai esse conteúdo quando alguém divide o todo e atira pedaços ao vento. Não chega a ser a síndrome Martha Medeiros, que reclama de textos roubados e outros literariamente pobres cuja autoria lhe é atribuída. O que um autor de ficção nunca imagina é o tamanho da distância que o conteúdo percorre quando alguém resolve, por conta própria, repassar uma informação retirada da rede. Mais inusitado ainda é tomar conhecimento da utilidade e da variedade de aplicações que o texto ficcional pode ter.
Censurado para menores – No conto Adalgisa, reproduzido em sites e portais literários, mal publicado em “Contos para ler Cagando” e depois impresso em versão definitiva no livro “No Orkut dos outros é colírio”, a história narrada aborda a descoberta da sexualidade e as primeiras aventuras de um adolescente que gosta de meninas. Ao escrever belas cenas de amor e sexo, de vez em quando uma curra, Jorge Amado imortalizou o xibiu. Para mim, autor estreante, restou o hímem rompido.
No site chamado Yahoo! Respostas, uma adolescente faz perguntas sobre sexo. Quem responde, supostamente médico ou alguém habilitado na área de Saúde, indica como leitura ilustrativa justamente a primeira versão capenga do conto Adalgisa, e no final ainda dá crédito ao autor. Segundo o Yahoo!, portanto, sou autoridade em cabaço. Não acreditas?
Confere a íntegra da bizarrice.
Comentários
Acho que a primeira vez que entrei num blog foi no teu, antigo, para te parabenizar. Agora, 6 anos depois, cá estou eu a fazer o mesmo. Na época, não imaginei que tu acabaria sendo um pioneiro neste negócio. E foste. Isso só se vê com o tempo. Grande abraço e sucesso.
Márcio Beyer